Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silencio…
Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas como única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que ouço, mas outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silencio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba,
E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a plateia e a outra metade a canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade…
Também.
Oswaldo Montenegro
Vem no meu barco
Vem aí uma tempestade
e está a anoitecer
Para onde queres ir ?
tão completamente só
levado pelas ondas
Quem te dará mão
quando as águas
te puxarem para o fundo ?
Para onde queres ir ?
tão infinito
o mar gelado
Vem no meu barco
o vento de Outono pára
as velas estiradas
A luz da lanterna ilumina
as lágrimas no teu rosto
a luz do dia desvia-se
o vento de Outono varre a vida das estradas
A luz da lanterna ilumina
as lágrimas no teu rosto
a luz do entardecer persegue as sombras
o tempo pára e o Outono chega
Vem no meu barco
a saudade torna-se
o homem do leme
Vem no meu barco
o melhor marinheiro
era eu
A luz da lanterna ilumina
as lágrimas no teu rosto
apagas a chama da vela
o tempo pára e o Outono chega
Eles falam apenas da tua mãe
apenas a noite é impiedosa
no fim, estou sózinho
o tempo pára
e tenho frio
frio...
frio...
Rammstein - Seeman
Nota : A tradução é minha pode não ser a mais correcta.
" O universo é o sonho de si mesmo . "
Fernando Pessoa
O amor é um animal selvagem
ele respira-te, procura-te
faz um ninho de corações partidos
e caça quando há beijos e velas
chupa com força os teus lábios
escava túneis entre as tuas costelas
Cai suavemente como neve
Primeiro é quente, depois frio, depois dói
Amor, amor ...
todos te querem domar
amor, amor ... no fim
preso entre os teus dentes
o amor é um animal selvagem
morde, arranha e pontapeia na minha direcção
segura-me firmemente com mil braços
e arrasta-me para o seu ninho
onde me devora por completo
para me vomitar anos depois
cai suavemente como neve
Primeiro é quente, depois frio, depois dói
Amor, amor ...
todos te querem domar
amor, amor ... no fim
preso entre os teus dentes
o amor é um animal selvagem
Cais na sua armadilha
olha-te nos olhos
fascinado quando o seu olhar te atinge ...
por favor ...
por favor ...
Dá-me veneno
Rammstein
Nota : A tradução é minha pode não ser a mais correcta.
Não vens
e eu aquieto-me no coração da noite
e espero e respiro a luz
que a madrugada me devolve
Não estás;
e permaneces ainda no amor
do sol
na geometria do céu
na boca do vento
que me traz o teu cheiro
Não regressas
e eu atento nos homens
e nas sombras
nos espelhos e nos vidros
com que cobri a minha liberdade.
Retiro enfim as navalhas
de todos os peitos
e colo os dedos de
todas as mãos mutiladas
e os braços de todos os
abraços desfeitos
e desejo secretamente
mudar o mundo
e unir todos os poemas
e todos os corações
Teresa Cuco ( lugares de mim )
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