Uma vez que a maioria das fotografias foram feitas em locais públicos mas sem autorização dos intervenientes, se por qualquer motivo não desejarem que sejam divulgadas neste blog entrem em contacto comigo para que sejam retiradas de imediato. Não é intenção prejudicar alguém com a divulgação das fotos em questão nem tão pouco lucrar com as mesmas. O email de contacto está disponível no perfil .
Domingo, 31 de Agosto de 2008

metade

 

 

 

 

 

 

Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silencio…
Que a música que ouço ao longe seja linda, ainda que triste.
Que a mulher que eu amo seja sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida e a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor

Apenas respeitadas como única coisa que resta a um homem inundado de sentimento.
Porque metade de mim é o que ouço, mas outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que mereço.
Que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflicta em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui, a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silencio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba,
E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a plateia e a outra metade a canção.
E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade…

Também.

 

Oswaldo Montenegro

 

 

 

 

 

 

 


deixado aqui por J.C. às 21:16
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Sexta-feira, 29 de Agosto de 2008

Homem do mar

 

 

 

 

 

 

Vem no meu barco
Vem aí uma tempestade
e está a anoitecer

Para onde queres ir ?
tão completamente só
levado pelas ondas

Quem te dará mão
quando as águas
te puxarem para o fundo ?

Para onde queres ir ?
tão infinito
o mar gelado

Vem no meu barco
o vento de Outono pára
as velas estiradas

A luz da lanterna ilumina
as lágrimas no teu rosto
a luz do dia desvia-se
o vento de Outono varre a vida das estradas

A luz da lanterna ilumina
as lágrimas no teu rosto
a luz do entardecer persegue as sombras
o tempo pára e o Outono chega

Vem no meu  barco
a saudade torna-se

o homem do leme

Vem no meu barco
o melhor marinheiro
era eu

A luz da lanterna ilumina
as lágrimas no teu rosto
apagas a chama da vela
o tempo pára e o Outono chega

Eles falam apenas da tua mãe

apenas a noite é impiedosa

no fim, estou sózinho
o tempo pára
e tenho frio
    frio...
    frio...

 

 

 

Rammstein - Seeman

 

 

 

 

Nota : A tradução é minha pode não ser a mais correcta.   

 


deixado aqui por J.C. às 13:11
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Universo preso por uma corda ...

 

 

 

 

 

 

 

" O universo é o sonho de si mesmo . "

 

Fernando Pessoa

 

 

 

 

 

 


deixado aqui por J.C. às 12:43
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Segunda-feira, 25 de Agosto de 2008

Amor, amor ...

 

 

 

 

 

 

O amor é um animal selvagem

ele respira-te, procura-te
faz um ninho de corações partidos
e caça quando há beijos e velas
chupa com força os teus lábios

 escava túneis entre as tuas costelas
Cai suavemente como neve
Primeiro é quente, depois frio, depois dói

Amor, amor ...
todos te querem domar
amor, amor ... no fim
preso entre os teus dentes

o amor é um animal selvagem
morde, arranha e pontapeia na minha direcção
segura-me firmemente com mil braços
e arrasta-me para o seu ninho
onde me devora por completo
para me vomitar anos depois
cai suavemente como neve
Primeiro é quente, depois frio, depois dói

Amor, amor ...
todos te querem domar
amor, amor ... no fim
preso entre os teus dentes
o amor é um animal selvagem
Cais na sua armadilha

olha-te nos olhos

fascinado quando o seu olhar te atinge ...

por favor ...

por favor ...

Dá-me veneno

 

 

Rammstein

 

 

 

Nota : A tradução é minha pode não ser a mais correcta.

 

 

 


deixado aqui por J.C. às 21:19
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não vens ...

 

 

 

 

 

 

 

Não vens

e eu aquieto-me no coração da noite

e espero e respiro a luz

que a madrugada me devolve

Não estás;

e permaneces ainda no amor

do sol

na geometria do céu

na boca do vento

que me traz o teu cheiro

Não regressas

e eu atento nos homens

e nas sombras

nos espelhos e nos vidros

com que cobri a minha liberdade.

Retiro enfim as navalhas

de todos os peitos

e colo os dedos de

todas as mãos mutiladas

e os braços de todos os

abraços desfeitos

 e desejo secretamente

mudar o mundo

e unir todos os poemas

e todos os corações

 

 

Teresa Cuco  ( lugares de mim )

 

 

 

 

 


deixado aqui por J.C. às 20:31
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