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Terça-feira, 29 de Janeiro de 2008
Amei-te
quando o mundo era frio
e eu acreditava que derrubaria muros
e montanhas
e tinha a força dos poemas
e a secura dos desertos
Amei-te quando os prados secaram
de tanto verão
e as aves morriam
dentro de mim
e os serões eram enormes
de espera e abandono e solidão
Amei-te no desassossego da mudança
quando abrir o meu coração
era uma navalha
um suplicio
e quando o meu mundo
se sobresaltou
na incerteza dos sentidos
Amei-te nas horas passadas
sozinha noutros lugares
debruçada noutras janelas
E amo-te agora
quando te arranco de mim
em cada dia que passa
e quando morro
em cada gargalhada
e quando devagar
cumpro o ritual do adeus.
Teresa Cuco ( lugares de mim )